domingo, 18 de novembro de 2012

21º de último dia - Foz do Iguaçú --> Jaraguá do Sul

27.09.2012 - Quinta-Feira - De Foz do Iguaçú a Jaraguá do Sul - 800 Km


De Foz do Iguaçú a Jaraguá do Sul - 800 Km


Saimos de Foz bem cedo, após um alegre café da manhã no hotel em que fomos muito bem recepcionados.
Café da manhã em Foz do Iguaçú

Serjão e Nico com a proprietária da pousada.

Jackson e Nico com a turma da pousada, antes de pedir um desconto nas diárias...

Saída da pousada em Foz do Iguaçú
 A vontade era enorme para chegar em casa, e este era o dia. A viagem consumiu exatos 800 Km até nossa cidade, Jaraguá do Sul-SC. Até trilha fizemos neste dia, pois devido a um acidente com um caminhão a pista ficou interditada nos dois sentidos. Um pessoal falou para darmos a volta e pegar um longo desvio, mas logo o faro de trilheiro do Nico já achou uma trilha ao lado da estrada. Logicamente seguimos por ela e saimos novamente na estrada, logo após o trecho interditado. Ainda bem que aquela trilha estava seca (ao contrário do que realmente gostamos), senão ia ser complicado passar com motos de 170 Kg (fora bagagem e piloto).
O engraçado foi que durante toda a viagem não pegamos nada de chuva, somente uma garoa em um dia, sendo que nem precisamos usar nossa roupa de chuva. Do jeito que foi, voltou. E olha que ocupa um belo espaço na bagagem... Mas chegando a São Bento do Sul, a uns 60 Km de casa, começou a chover... Isto foi para mostrar que estávamos perto de casa... Santa Catarina mostrava sua cara !!! E já era noite. Chegamos em Jaraguá do Sul às 20 horas. na entrada da cidade paramos em um posto de gasolina e "abrimos umas para comemorar a chegada. Estávamos em casa, com 10.000 Km percorridos entre 6 países, cruzando nosso continente em 4 motos.
Passei este dia todo na viagem relembrando os momentos incríveis que passamos nesta viagem. Acho que os companheiros Jackson, Nico e Serjão também. Relembrando das pessoas que conhecemos, dos lugares visitados, das intermináveis retas cercadas por morros e deserto, Estrada da Morte, Machu Picchu, Cusco, Oceano Pacífico, Salinas, Deserto do Atacama, os geiseres, e por aí vai. Somos gratos por ter ido, e principalmente por termos "voltado" desta viagem. Não tivemos nenhum contratempo que chegasse a prejudicar nossa viagem, ao contrário, só nos fez dar muitas risadas. Nada nos abalava. Agregamos muita experiência em nossas vidas, que irão com certeza nos ajudar a compreender o verdadeiro sentido da amizade e companheirismo, além de dar mais valor a tudo que temos, principalmente a família.
Valeu, agradecemos a todos que nos acompanharam e torceram pelo sucesso desta viagem.
Estou fazendo um DVD com as imagens que fizemos da viagem. Em breve ficará pronto.

Chegada em Jaraguá do Sul-SC
Da esquerda para a direita:

Neri Ern (Nico)
Mário Spoladore
Jackson Ropelatto
Sérgio Borga (Serjão)

20º dia - Em Foz do Iguaçú / Cidade de Leste

26.09.2012 - Quarta-Feira - Em Foz do Iguaçú / Cidade de Leste


Bom, no dia seguinte à chegada ao Brasil, logicamente passamos o dia todo em Cidade de Leste, no Paraguai, comprando algumas "muambas". O movimento lá estava bem tranquilo, pois era meio de semana e atualmente o comércio do Paraguai já não atrai tantos brasileiros como antigamente.
Voltamos ao hotel no fim da tarde e à noite fomos a um rodízio de comida japonesa. Fechamos o último dia em grande estilo. Só senti não poder visiar meu grande amigo Mauro que mora lá em Foz. Um amigão de longa data.
Já estive em Foz do Iguaçú diversas vezes, mas desta vez uma grande novidade para mim: o frio. Nunca senti frio em Foz do Iguaçú, pois o normal é a gente reclamar do forte calor que sempre (ou quase) faz por lá.
Voltamos ao hotel e já nos despedimos de nossos novos amigos Adalberto e Magna, pois dali de Foz eles pegariam outro caminho até São Paulo, e sairiam mais tarde que nós. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

19º dia - Corrientes --> Foz do Iguaçú

25.09.2012 - Terça-Feira - De Corrientes a Foz do Iguaçú - 619 Km


De Corrientes a Foz do Iguaçú - 619 Km


Saída do Hotel em Corrientes. Adalberto e Serjão.


Magna aguardando a partida para Foz do Iguaçú
A viagem até Foz do Iguaçú foi marcada pelos fortes ventos e pelo frio. Saimos sem roupa térmica, mas no caminho não teve jeito, colocamos tudo que tínhamos direito para enfrentar o frio. O vento forte também castigava, pois era um vento lateral, e para manter a moto apontada para a estrada era bem cansativo. As motos literalmente andavam quase deitadas para compensar a ação do vento. Mas finalmente chegamos ao Brasil. Os trâmites na aduana foram bem rápidos e logo estávamos na ponte que nos trazia de volta ao Brasil. Comemoramos a chegada e tiramos algumas fotos. Rodamos 619 Km neste dia.














Comemorando a chegada ao Brasil


Já no Brasil
Achamos uma boa pousada, e à noite fomos a um rodízio de carnes, com direito a motorista, que nos levou e buscou de Van. Beleza, assim pudemos tomar umas... 

18º dia - Salta --> Corrientes

24.09.2012 - Segunda-Feira - De Salta a Corrientes  - 829 Km


De Salta a Corrientes - 829 Km
Após um excepcional café da manhã à base de café com leite, pão e manteiga, partimos rumo a Corrientes, nosso próximo destino.
Na estrada, quem encontramos ? De repente aparecem nos nossos retrovisores o casal Adalberto e Magna com sua Honda Gold Wing. Passaram por mim cumprimentando e nos acompanharam pela viagem até a cidade de Corrientes (Argentina) e se hospedaram no mesmo hotel. Novamente nos encontramos. Ao grupo, então, estavam adicionados mais 2 integrantes no final da viagem, o que foi ótimo, pois o Adalberto e a Magna formam um simpático casal.Ao sairmos à noite em Corrientes para comer um lanche, eles nos contaram um pouco de suas aventuras de moto pela América do Sul.
Corrientes é uma belíssima cidade à beira-mar. O nome "Corrientes" deve ser de "corrente de ar", pois naquela cidade venta muito !
Este trajeto consumiu 829 Km. 




terça-feira, 30 de outubro de 2012

17º dia - San Pedro de Atacama --> Salta

23.09.2012 - Domingo - De San Pedro de Atacama a Salta - 578 Km


De San Pedro de Atacama a Salta - 578 Km
Já era dia de seguir viagem de volta para casa. O desayuno do Hotel Kimal estava muito bom. Era engraçado ver que o teto da sala em que era servido o café da manhã era feito de uma palha bem rala, com vários vãos que dava para ver o azul do céu. Na verdade apenas para proteger do sol, pois chuva lá é coisa muito rara. É considerado o deserto mais seco do mundo.


Abastecemos as motos e seguimos em frente, rumo a Salta, na Argentina. Utilizamos o Paso Jama, uma estrada magnífica, onde passamos muito frio ao chegar nos pontos mais altos, inclusive com gelo de neve na beira da estrada. Logo no começo da estrada passamos ao lado do Vulcão Licancábur, com o topo coberto de neve. 

Mário. Ao fundo o Vulcão Licancábur


Serjão lembrando das aulas de balé.


Jackson, tudo OK.


Serjão


Mário


Vulcão Licancábur, sem ninguém na frente...
Existem expedições para subir até o seu topo, partindo do lado da Bolívia. Uma parte da base do vulcão fica em território Boliviano. O topo está a 5.916 metros de altitude, e deve ser bem frio lá em cima. Quem sabe na próxima visita a San Pedro de Atacama ?





Mais adiante e começou a ficar muito frio, pois a altitude aumentava a cada Km rodado, já com neve espalhada pela beira da estrada, chegando a 4.800 metros de altitude.
Paramos em uma pequena cidade à beira da estrada, chamada Susques. No posto nem tinha aquela cobertura sobre as bombas, pois não chove mesmo. Aliás, as únicas coisas que lembravam que aquilo era um posto de gasolina eram as bombas (2 bombas). Era o típico posto em que no Brasil ficaríamos muito desconfiados sobre a qualidade do combustível, devido ao "tipo" do posto, mas lá era a única e última opção até chegar a San Salvador de Jujuy, 200 Km adiante, antes de chegar a Salta. Abastecemos as motos e encontramos um grupo de motociclistas Argentinos, com o qual conversamos um pouco. Qual o assunto ? Nem precisa comentar...

Encontro com  los hermanos motociclistas argentinos.


Estava pronto para assaltar o posto de gasolina, mas como estava de férias e não a trabalho...
Mais um pouco rodado e chegamos nas Salinas Grandes, um enorme deserto de sal de mais de 8.000 Km2. Não me contive e entrei com a moto por aquela "imensidão imensa" (com a permisão do Jackson para usar uma expressão de sua autoria) de sal. Muito legal, e salgado ! Também tive que provar um pouco daquelas pedrinhas brancas.





Mário nas Salinas Grandes


Restaurante nas Salinas Grandes


Serjão e Jackson nas Salinas Grandes


Moto do Nico nas Salinas Grandes. Nicoooo, cadê você ?

Algumas fotos e filmagens e seguimos adiante. De repente começamos a descer e o clima foi amenizando. Descemos de 4.000 metros de altitude para apenas 1.200 até San Salvador de Jujuy. Era uma longa descida, com muitas, muitas, muitas.... curvas. Foi ficando perigoso, pois o óleo do freio das motos esquentava muito e o freio ia acabando.

Repare na pista de emergência. Se ficar sem freio é só entrar na "caixa de brita".

Abastecemos e seguimos até Salta pela Ruta 9, uma estrada bem estreita e cheia de curvas. A parte asfaltada não passa de uns 6 metros de largura, e a pista é de mão dupla. Então quando 2 carros cruzam alguém tem que ir pro acostamento. Vejam nas imagens:


Pela Ruta 9. Emoção garantida !

Com 578 Km rodados desde San Pedro de Atacama chegamos a Salta. Escolhemos um hotel e saimos de taxi à procura de uma churrascaria que o Jackson e o Serjão já conheciam. O Jackson é quem explicava para o motorista qual era o restaurante, e a conversa dele utilizando um "portunholiano" (português/espanhol/italiano) era bem divertida. Chegando no restaurante pedimos a melhor costela que eu já comi na vida, cortada em filé.
O interessante do cotidiano na Argentina é que o comércio lá só abre às 9 da manhã, então a vida noturna vai até mais tarde. Já eram umas 11 da noite e o restaurante estava lotado, sendo que era Domingo, e no dia seguinte a turma tinha que pegar no batente.
Pagamos a conta e direto pro hotel, de taxi também, porque à pé não ia dar depois de tanta costela.
Falando ainda em Argentina, notei que lá capacete é algo que deve incomodar muito, pois quase nenhum motociclista usa. Não deve ser obrigatório. Placa nas motos também, pois eram muitas que não tinham, e aparentemente a polícia não interfere.