terça-feira, 30 de outubro de 2012

17º dia - San Pedro de Atacama --> Salta

23.09.2012 - Domingo - De San Pedro de Atacama a Salta - 578 Km


De San Pedro de Atacama a Salta - 578 Km
Já era dia de seguir viagem de volta para casa. O desayuno do Hotel Kimal estava muito bom. Era engraçado ver que o teto da sala em que era servido o café da manhã era feito de uma palha bem rala, com vários vãos que dava para ver o azul do céu. Na verdade apenas para proteger do sol, pois chuva lá é coisa muito rara. É considerado o deserto mais seco do mundo.


Abastecemos as motos e seguimos em frente, rumo a Salta, na Argentina. Utilizamos o Paso Jama, uma estrada magnífica, onde passamos muito frio ao chegar nos pontos mais altos, inclusive com gelo de neve na beira da estrada. Logo no começo da estrada passamos ao lado do Vulcão Licancábur, com o topo coberto de neve. 

Mário. Ao fundo o Vulcão Licancábur


Serjão lembrando das aulas de balé.


Jackson, tudo OK.


Serjão


Mário


Vulcão Licancábur, sem ninguém na frente...
Existem expedições para subir até o seu topo, partindo do lado da Bolívia. Uma parte da base do vulcão fica em território Boliviano. O topo está a 5.916 metros de altitude, e deve ser bem frio lá em cima. Quem sabe na próxima visita a San Pedro de Atacama ?





Mais adiante e começou a ficar muito frio, pois a altitude aumentava a cada Km rodado, já com neve espalhada pela beira da estrada, chegando a 4.800 metros de altitude.
Paramos em uma pequena cidade à beira da estrada, chamada Susques. No posto nem tinha aquela cobertura sobre as bombas, pois não chove mesmo. Aliás, as únicas coisas que lembravam que aquilo era um posto de gasolina eram as bombas (2 bombas). Era o típico posto em que no Brasil ficaríamos muito desconfiados sobre a qualidade do combustível, devido ao "tipo" do posto, mas lá era a única e última opção até chegar a San Salvador de Jujuy, 200 Km adiante, antes de chegar a Salta. Abastecemos as motos e encontramos um grupo de motociclistas Argentinos, com o qual conversamos um pouco. Qual o assunto ? Nem precisa comentar...

Encontro com  los hermanos motociclistas argentinos.


Estava pronto para assaltar o posto de gasolina, mas como estava de férias e não a trabalho...
Mais um pouco rodado e chegamos nas Salinas Grandes, um enorme deserto de sal de mais de 8.000 Km2. Não me contive e entrei com a moto por aquela "imensidão imensa" (com a permisão do Jackson para usar uma expressão de sua autoria) de sal. Muito legal, e salgado ! Também tive que provar um pouco daquelas pedrinhas brancas.





Mário nas Salinas Grandes


Restaurante nas Salinas Grandes


Serjão e Jackson nas Salinas Grandes


Moto do Nico nas Salinas Grandes. Nicoooo, cadê você ?

Algumas fotos e filmagens e seguimos adiante. De repente começamos a descer e o clima foi amenizando. Descemos de 4.000 metros de altitude para apenas 1.200 até San Salvador de Jujuy. Era uma longa descida, com muitas, muitas, muitas.... curvas. Foi ficando perigoso, pois o óleo do freio das motos esquentava muito e o freio ia acabando.

Repare na pista de emergência. Se ficar sem freio é só entrar na "caixa de brita".

Abastecemos e seguimos até Salta pela Ruta 9, uma estrada bem estreita e cheia de curvas. A parte asfaltada não passa de uns 6 metros de largura, e a pista é de mão dupla. Então quando 2 carros cruzam alguém tem que ir pro acostamento. Vejam nas imagens:


Pela Ruta 9. Emoção garantida !

Com 578 Km rodados desde San Pedro de Atacama chegamos a Salta. Escolhemos um hotel e saimos de taxi à procura de uma churrascaria que o Jackson e o Serjão já conheciam. O Jackson é quem explicava para o motorista qual era o restaurante, e a conversa dele utilizando um "portunholiano" (português/espanhol/italiano) era bem divertida. Chegando no restaurante pedimos a melhor costela que eu já comi na vida, cortada em filé.
O interessante do cotidiano na Argentina é que o comércio lá só abre às 9 da manhã, então a vida noturna vai até mais tarde. Já eram umas 11 da noite e o restaurante estava lotado, sendo que era Domingo, e no dia seguinte a turma tinha que pegar no batente.
Pagamos a conta e direto pro hotel, de taxi também, porque à pé não ia dar depois de tanta costela.
Falando ainda em Argentina, notei que lá capacete é algo que deve incomodar muito, pois quase nenhum motociclista usa. Não deve ser obrigatório. Placa nas motos também, pois eram muitas que não tinham, e aparentemente a polícia não interfere.

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