09.09.2012 - Domingo
Depois de um bom café da manhã, hotel pago e bagagem na moto, saimos em direção a Vilhena-RO, nosso próximo destino. O dia já amanheceu com um calor infernal, tanto que colocar ou não nossa roupa de viagem (calça e jaqueta reforçada, para maior segurança, mas muito quente) era uma dúvida constante. A cada parada para abastecimento éramos obrigados a retirar a jaqueta para o corpo “respirar”. A temperatura batia nos 40 graus durante o dia. As queimadas na região, muito comuns, infelizmente, também colaboravam para aumentar a sensação de estarmos numa sauna. Era o “inferno na terra”, lembrava. E nem sinal de que em algum dia da viagem pegaríamos chuva, o que também não seria bom, pois chuva sempre atrapalha. E o calor foi o responsável pela primeira pane nas motos. Como diz a letra da música do Legião Urbana, “Faroeste Caboclo”, podemos dizer que o Nico , exagerando só um pouco, “...pro inferno ele foi pela primeira vez...” Sim, primeira vez, pois ele viria a tomar gosto pela coisa e iria outras vezes... O calor do asfalto fez um remendo da câmara de ar traseira se soltar... Isto aconteceu bem em frente a um boteco de beira de estrada. Por sorte havia uma borracharia a apenas 1 Km dali. Fomos eu e o Nico procurar a borracharia, e o Jackson e o Serjão descansavam ao lado do boteco, tomando umas... A borracharia estava aparentemente abandonada, mas apareceu um rapaz dizendo que o borracheiro já ia voltar, pois foi prestar um socorro a um veículo ali por perto. Depois é que eu reparei que ele deixou um aviso de que “já voltava” escrito no seu mural de recados... Demorou alguns segundos mas acabamos compreendendo o recado, já que o seu “purtugueis” não era dos melhores...
De Rondonópolis-MT a Cuiabá-MT, passando pela Chapada dos Guimarães - 250 Km |
Depois de um bom café da manhã, hotel pago e bagagem na moto, saimos em direção a Vilhena-RO, nosso próximo destino. O dia já amanheceu com um calor infernal, tanto que colocar ou não nossa roupa de viagem (calça e jaqueta reforçada, para maior segurança, mas muito quente) era uma dúvida constante. A cada parada para abastecimento éramos obrigados a retirar a jaqueta para o corpo “respirar”. A temperatura batia nos 40 graus durante o dia. As queimadas na região, muito comuns, infelizmente, também colaboravam para aumentar a sensação de estarmos numa sauna. Era o “inferno na terra”, lembrava. E nem sinal de que em algum dia da viagem pegaríamos chuva, o que também não seria bom, pois chuva sempre atrapalha. E o calor foi o responsável pela primeira pane nas motos. Como diz a letra da música do Legião Urbana, “Faroeste Caboclo”, podemos dizer que o Nico , exagerando só um pouco, “...pro inferno ele foi pela primeira vez...” Sim, primeira vez, pois ele viria a tomar gosto pela coisa e iria outras vezes... O calor do asfalto fez um remendo da câmara de ar traseira se soltar... Isto aconteceu bem em frente a um boteco de beira de estrada. Por sorte havia uma borracharia a apenas 1 Km dali. Fomos eu e o Nico procurar a borracharia, e o Jackson e o Serjão descansavam ao lado do boteco, tomando umas... A borracharia estava aparentemente abandonada, mas apareceu um rapaz dizendo que o borracheiro já ia voltar, pois foi prestar um socorro a um veículo ali por perto. Depois é que eu reparei que ele deixou um aviso de que “já voltava” escrito no seu mural de recados... Demorou alguns segundos mas acabamos compreendendo o recado, já que o seu “purtugueis” não era dos melhores...
Javoto quer dizer "já volto...", tendeu ?
O Nico
então como não aguenta ficar parado, já se adiantou e retirou a roda da moto.
Nem se lembrou de pelo menos colocar a moto na sombra..., pois o calor era
insuportável.
Começando a retirar a roda... no sol...
Agora é só esperar o borracheiro chegar...
Com a roda já fora da moto, chega o borracheiro com o veículo que
fora fazer o socorro. O carro era um SUV da Hyundai, e ao abastecer colocaram
diesel ao invés de gasolina, e aí não deu pro motor... Como o nosso caso era
“aparentemente” mais rápido, ele já nos atendeu e retirou a câmara de ar. Lá se
viu que o remendo da câmera se soltou devido ao calor extremo. Mas a surpresa
maior era que a câmara tinha remendo, sendo que o Nico antes de viajar tinha
mandado trocar as câmaras dianteira e traseira por câmaras novas, mas parece
que esqueceram/confundiram/sei lá, mas a verdade é que aquela era uma câmara
usada...
Constatou-se à primeira vista que a câmara não tinha mais conserto, e
aí começa uma novela... O Nico tinha uma câmara reserva, nova, mas ao montar na
roda e encher ela não aguentou e arrebentou. Viu-se que era uma câmara para
pneu de moto pequena, e não para um pneu de medida 130... O borracheiro também
só tinha câmaras desta medida para vender. Mesmo assim foi feito um remendo
nesta câmara e foi montado novamente. Por enquanto tudo bem. Pagamos e seguimos
em frente, mas logo em seguida a câmara apitou novamente. Fomos até o boteco
onde estavam o Jackson e o Serjão, e então encontramos um motociclista local, o
qual disse que conhecia uma oficina ali perto. Era Domingo, e ele ligou para
saber se o dono abriria para nos atender. Maravilha..., ele estava lá e tinha
câmara. Fui eu e o motociclista para lá, por uma estrada de terra solta e
vermelha, perigosa para quem está com moto pesada e carregada. Juro que me
passou pela cabeça que ele estava me levando para uma emboscada, tipo “passa a
moto para cá e cai fora...”, mas felizmente não foi nada disso, muito pelo
contrário. Depois de uns 10 Km chegamos na oficina e o dono foi muito
prestativo, mas... ele só tinha câmara para moto pequena também, tipo CG e Biz... Mesmo assim
comprei uma aro 18 de CG (a da moto do nico era aro 17”) e voltamos novamente na
borracharia. O borracheiro riu e nos atendeu prontamente para mais uma
tentativa, na esperança de que aquela câmara fosse aguentar por ser de uma
marca melhor. Mas ao montar e encher, já apitou... Em mais uma tentativa,
usamos um spray de reparar câmaras, da Motul, que eu levava para casos de
emergência. O pneu encheu, mas logo se esvaziou novamente vazando todo o
produto... Bom, aquela câmara que estava na moto e que tinha soltado o remendo
já começou a nos parecer que seria nossa última esperança, pois pelo menos era
da marca Pirelli, original da moto. O borracheiro fez um novo remendo nela,
enorme, que levou uma meia hora para fundir o “manchão” na câmara. Finalmente
funcionou, e foi o que deveríamos ter tentado desde o começo. Em tom de
brincadeira nos despedimos do nosso “salvador” e dissemos que não pretendíamos
vê-lo novamente. Esta “desaventura” nos custou umas 3 horas, então ao
reencontrar os companheiros Jackson e Serjão, decidimos mudar nossa rota e
passar pela Chapada dos Guimarães, antes de chegar a Cuiabá-MT, que ficou sendo
o nosso novo destino daquele dia, já que não conseguiríamos mais chegar em
Vilhena-RO antes de anoitecer. Paramos para tirar algumas fotos na Chapada e
seguimos em frente. Infelizmente não visitamos todos os pontos turísticos do local, pois tínhamos muito a rodar ainda, e com data definida para chegar em casa...
Chapada dos Guimarães - Serjão, Mário e Jackson |
Chapada dos Guimarães - Serjão, Nico e Jackson |
![]() |
Visão aérea da Chapada dos Guimarães |
Este parte da viagem só rendeu 250 Km, mas estávamos
satisfeitos por ter mudado o roteiro e conhecido um lugar impressionante que
não tínhamos nos programado em visitar.
Chegando em Cuiabá-MT |
Chegando em
Cuiabá-MT, ficamos em um hotel que por coincidência ficava a 100 metros de uma
concessionária Yamaha, onde na manhã seguinte o Nico aproveitou para deixar sua XT-660 em ordem e comprar um spray reparador de pneu e uma nova câmera de ar.
Neste hotel encontramos dois colegas motociclistas de São Paulo que estavam em
viagem pelo Brasil, o Marcelo e o Mauro, muito bacanas, que nos contaram várias
de suas aventuras de moto, enquanto tomávamos vários canecos de chopp,
acompanhados por petiscos de carne de jacaré e pintado, em um boteco perto do hotel.
Em Cuiabá-MT, à base de Chopp bem gelado, carne de jacaré e pintado. Da esquerda pra direita: Jackson, Serjão, Nico e Mário. |
Com os colegas Marcelo e Mauro, à direita. |
A
noite em Cuiabá estava muito agradável, e fomos os últimos clientes a sair
antes de fechar o boteco. Boteco, hotel, cama e dormir…
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