De Assis Brasil (AC) a Puerto Maldonado-Perú - 240 Km |
Esse foi um
dia exaustivo. Acordamos na expectativa de que nosso roteiro internacional iria
começar, pois hoje iríamos chegar ao Perú. Estávamos bem na fronteira, era só
atravessar... mas não foi bem assim. Bom vamos pelo começo: ao acordar, apenas
tomar um bom banho, arrumar as malas e tirar umas fotos em frente ao hotel:
Em frente ao Hotel, em Assis Brasil-AC |
Café da
manhã nem em pensamento. Não tinha. Passamos então na casa de uma antiga amiga
da mãe do Jackson, que morava ali em Assis Brasil.
![]() |
Jackson |
Depois de uma boa conversa,
fotos e até ligação telefônica para a mãe do Jackson, seguimos em frente.
Um
dia de muito calor, logo chegamos na fronteira com o Perú.
Na fronteira Brasil-Perú |
Na imigração do
Brasil, tudo OK, rápido, fácil, sala com ar condicionado, desejos de boa viagem,
etc... Já na do Perú tivemos uma recepção muito fria. Já começaram dizendo que
não podíamos estacionar as motos na frente da aduana, e sim alguns metros
atrás. Tudo bem. Fomos fazer os trâmites
no setor de imigração e fomos atendidos por funcionários pra lá de mal
humorados. Preencher fichas de identificação e depois passar pela conferência
dos funcionários, em uma sala que mais parecia uma sauna. Eu escrevia e o papel
grudava na minha mão pelo suor. Aí tinha que tirar cópia de todos os documentos
antes de passar pela aduana. Prontamente mulheres que trabalhavam como
"despachantes" se ofereceram para fazer as cópias. Pensei: lá vai uma
boa "propina", quer dizer, gorjeta para eles. Mas para meu espanto só
cobraram 1 real ! Tudo bem, vamos lá pra aduana aproveitar que só tinha 1
pessoa na fila... hah, o "sistema estava fora do ar"... Mais de meia
hora esperando naquela calor infernal. O sistema voltou, comemorou o
funcionário da aduana. Sim, só tinha 1 funcionário, 1 computador, 1
impressora... Ele atendeu o primeiro da fila... e do lado de fora já
percebíamos o que iríamos passar por ali. Depois de muita demora escutamos o
funcionário pedir uma propina para ele... O atendimento demorou uns 40
minutos... O Serjão foi o primeiro de nós a ser atendido. No momento do pedido
da proprina já "negociou" para nós 4 quatro... $20 soles, uns R$
16,00 para os quatro... nossa, que nível de corrupção... Bom, resumindo,
ficamos lá por mais de três horas... o atendimento do funcionário era muito
lento... ele "catava milho" no teclado daquele computador... era rir
pra não chorar ! Deixa pra lá...
O Jackson, durante o seu atendimento na aduana do Perú. |
Eu, Mário, esperando com muita paciência término do meu atendimento. |
Lá também
ficamos conhecendo o casal Adalberto e a Magna, de São Paulo, que estavam
fazendo o mesmo roteiro que nós em sua imponente Honda Gold Wing 1800. Uma nave
espacial em duas rodas pra falar a verdade. Casal muito simpático, que durante
a viagem ainda iríamos nos encontrar novamente e terminarmos nossa viagem
juntos (aguardem relatos mais adiante). Depois de fazer um câmbio "soles x
reais", seguimos em frente já em solo peruano. Durante a espera na aduana
um peruano me disse para cuidar nas estradas pois os motoristas de lá não
respeitavam as motocicletas, e também para cuidar com o gado na pista, pois lá
eles criam soltos, sem cercas. A primeira dica não se confirmou, mas a segunda
sim, como podem ver no vídeo abaixo:
Jackson e sua amiga vaca...
O Jackson
não se aguentou e teve que dar um tapa na vaca para ela sair da frente...
Percebíamos
que as estradas do Perú eram melhores que as brasileiras... eram todas
pedagiadas, mas moto lá não paga pedágio..., só no Brasil ! Também havia muitas
queimadas por lá, como no Brasil. Neste dia rodamos somente 240 Km, até Puerto
Maldonado, pois não daria para chegar até Cusco no mesmo dia antes de
anoitecer, já que sabíamos como era o caminho até lá: curvas, altitude elevada,
frio, "soroche"...
Escolhemos
o hotel e ficamos por lá mesmo até o dia
seguinte, pois a cidade não oferecia nenhum atrativo aparentemente.
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