De Cuiabá-MT a Vilhena-RO - 740 Km |
Após o Nico
fazer a manutenção da sua moto na concessionária da Yamaha, e eu fazer a
manutenção da minha no estacionamento do hotel mesmo… (regular as válvulas,
limpar filtro de ar e completer o óleo do motor), saimos em direção a
Vilhena-RO. O dia foi marcado pelo forte calor na região. E por falar em calor…
e novamente exagerando um pouquinho… o Nico “foi pro inferno pela segunda vez…”
Sim, a câmara do outro pneu, o dianteiro, apitou… Paramos na beira da estrada,
desanimados com a situação. O Nico lembrou que tinha comprado um novo Spray
reparador de câmaras. Prontamente despejamos o produto na câmara, mas novamente
o Spray não funcionou. Eu comentava que em uma pequena viagem de moto com minha
esposa, há alguns anos atrás, eu usei um Spray deste (da mesma marca) em uma
câmara furada, em Laguna-SC, e funcionou ! E a câmara só foi murchar 3 dias
depois ! Mas nesta viagem está 2 (furo) x 0 (Spray)… Sem ter outra opção,
decidimos rodar com o pneu furado mesmo até a borracharia mais próxima. O vídeo abaixo mostra o Nico com o pneu furado, a caminho do borracheiro mais próximo...
Nico rodando com o pneu dianteiro furado.
Não
lembro bem o Km rodado, mas não demorou muito e chegamos em um posto de
combustível com borracharia. O Nico foi direto para o borracheiro, e nós direto
para a lanchonete comprar água… o calor era sufocante, e a água desceu garganta
abaixo quase num gole só. Voltando à moto do Nico, ao tentar retirar a roda
dianteira ele viu que não tinha a chave da roda…, nem o borracheiro tinha…, nem
ninguém… Precisava de uma chave tipo Allen, de medida grande, incomum para esta
situação. Todos nós (menos o borracheiro) colocamos à prova nosso espírito
brasileiro, que “está no sangue” de todos nós brazucas, o “jeitinho
brasileiro”… O Nico tentou fabricar uma chave no esmeril do cara…, e o cara só
olhando… Depois acharam um parafuso com cabeça sextavada que até serviu como
chave Allen, mas não tinha “pegada” para girar o eixo da roda, e o cara só
olhando… Alguém sugeriu soldar o parafuso em uma barra de ferro para poder usar
com mais força, mas não havia solda…, e o cara só olhando… Eu sugeri afrouxar o
suporte do eixo para que “quando surgisse uma solução”, pelo menos ficaria mais
fácil de soltar o eixo. Aí o borracheiro cansou de ficar só olhando, pegou umas
3 ferramentas, enfiou tudo junto no local onde deveria só servir a chave Allen,
girou com vontade e o eixo girou prontamente… Não precisa nem descrever nossa
reação… 4 caras estudados, vividos, sabidos, e o borracheiro lá dando fim
naquela novela. Bom, resolvido este pequeno problema, e agora somente aos
cuidados daquele “profissional”, retirou-se a roda e a câmara. Não deu para
saber o que furou a câmara, pois rodou-se alguns Km com o pneu murcho até a
borracharia, fazendo a câmara quase se destruir. O Nico tinha uma câmara reserva
e assim foi trocada pela nova. Ficávamos preocupados para ele não furar a
câmara, pois como espátulas de montar pneu ele usava chave de fenda mesmo… E
disse que se furasse aquela câmara, seria a primeira em toda sua vida de
borracheiro… Enquanto isso também comentava que não gostava de arrumar pneu de
moto, pois já teve 2 motos e com a última levou um tombo que ele não vai
esquecer nunca mais. Neste momento percebemos o motivo de uma certa arrogância
dele em nos atender, mas no final era tudo alegria, até com direito a foto com
o Nico e o nosso novo amigo. Depois que o Nico viu um símbolo do Flamengo na
parede da borracharia então… amigos para sempre….kkkkkkk.
Esperando a troca da câmera furada...
Seguimos em
frente, então, e até Vilhena-RO, nosso destino final do dia, mais nenhum
incidente. Depois de 740 Km, chegamos lá já anoitecendo. Escolhemos um hotel e saimos
para jantar. A cidade estava toda coberta por uma névoa de fumaça das queimadas
da região. Situação triste e desagradável, a qual não estamos acostumados aqui
no Sul do Brasil. Barriga cheia, embora dormir.
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